terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tudo passa


E no meio de toda aquela confusão, no meio de tanto choro eu lembrei de você e senti saudades. Saudades de quando eu te encontrava e não precisava dizer nada pra que me desse um abraço capaz de me fazer perder o chão. Saudades de ter uma companhia, poder contar todos os meus tormentos, desabafar todas as minhas agonias.

As vezes eu tenho saudade da gente, mas é uma saudade natural. Dessa vez a saudade veio com um gosto de nostalgia, um gosto de quero mais. Senti saudade do seu cheiro, do seu jeito, do seu mau humor, do seu bife mal passado, do seu edredom, saudades de você.

Mas toda essa sensação foi ontem, hoje é outro dia.

A cada minuto, segundo, milésimo, ou seja lá qual fração de hora que inventarem, me perco em outras cores, doses, acordes, amores. Mergulho na malandragem da vida pra me convencer, meu bem, que o que sinto não é aquele pedacinho tão irritantemente... você. Jogue esse charme pra longe... que é pra eu saber de verdade que o passado não é presente.

Um comentário:

Cizabella disse...

Enquanto eu encarava a tela frígida do computador e tentava encontrar palavras dignas desse maravilhoso texto, me peguei pensando... Poxa... Às vezes dá vontade de não sentir aquele verbo ancião chamado amor. Tampouco refletir sobre ele. É que, sinceramente... Dói. O apertozinho irritante no peito é um pé no saco; uma droga de uma pedra no sapato. Queria ter o poder de deixar pra lá e gritar pro mundo que sou sim, autossuficiente. Pena que vou continuar sonhando em cima do lustre. Essa é a parte ruim...

... A parte boa é que vou continuar lendo repetidas vezes seus escritos! Porque, moça, você tem a manha de fazer excelentes textos!

Não vou mentir... Tô doida para ler a próxima crônica! Assim saio desse mundo caótico pra mergulhar de cabeça na verdadeira essência do viver.

Muito fã!

Beijos!